domingo, 10 de outubro de 2010

A polêmica da marca da GAP



A polêmica do momento no mundo do design é a nova logomarca da GAP. A notícia se espalha rápido, atinge twitters, blogs do assunto, e-mails entre colegas de trabalhos e dicussões na hora do café na agência. E fizeram até um gerador de logo tosco (onde arrumam tempo pra isso???)

Essa semana a marca anunciou a mudança de sua marca – a primeira desde 1969 quando a empresa foi criada. A mudança despertou diversas manifestações da mídia e de profissionais da área, e nesse caso, a grande maioria negativa. Já afirmaram que ela ficou com cara de banco, que foi feita usando o famigerado WordArt ou que venceu uma competição na escola primária  (ui!) e que a nova identidade acaba com sua personalidade.

A minha opinião: a marca vai contra um ícone reconhecido mundialmente. É muito estranho entrar no site deles e ver a nova marca. Você simplesmente não reconhece a logo, é uma intrusa no seu relacionamento com a marca. E uma logo tão conhecida não é só propriedade da empresa, ela é parte das nossas vidas também. Ela me lembra viagens e compras, roupas bacanas de todo dia, que veste bem e tem preço bacana. eu não reconheço essa  nova marca, nem fui apresentada direito a ela, apareceu de repente! Além disso, ela é bem estranha. Colocaram o nome pra fora do quadrado, mudaram a fonte, diminuiram o quadrado e colocaram um degradê básico. E imagina o preço que não foi!

Sobre isso, Diego Zambrano, brasileiro que é Diretor de Criação Associado da Ogilvy de Nova Iorque propôs em seu Twitter refazer a marca de graça, desde que a GAP entre em contato com ele em 24h.




Enfim, dois dias depois de tantos comentários negativos, Bill Chandler, VP de Comunicação Corporativa da empresa vai à público e diz estar aberto para soluções melhores para o famigerado logo.  Alega que a versão divulgada (desenvolvida pela empresa Laird and Partners, que trabalha há anos para a GAP) era, sim, uma aposta sincera da empresa, mas entende que a partir de tantas críticas pode se evoluir para algo melhor.
Além disso, Bill admite ter ficado lisonjeado com a quantidade de posts, twitts e reações e vai inciar um processo colaborativo de criação da nova marca.

“we’re thrilled about the energy and passion that customers have shown. We want to collaborate with them.”




Achei excelente essa reação da GAP, que percebeu que não poderia ficar indiferente a esse novo contexto de mídias sociais. Concordo com Renata Bokel, a GAP virou uma referência de Comunicação Corporativa em tempos de colaborativismo. Fez do desastre, uma oportunidade de se conectar com o seu público de uma forma cúmplice e moderna, mas principalmente sincera. Vamos aguardar os próximos capítulos.

Aproveitando o assunto GAP, Confiram abaixo o vídeo que convoca os consumidores a irem até uma loja da Gap e levarem seus jeans antigos para reciclar até 20 de outubro e ganhar um desconto de 30% na linha de jeans 1969. A criação é da Mekanism. Os fãs da Gap nas mídias sociais podem ganhar um desconto adicional de 10% através da Fan Page do Facebook (dando um “like”) ou fazendo um check-in no FourSquare.



Aqui no Brasil, a Cantão já deu desconto na reciclagem do seu jeans. Excelente idéia.

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