terça-feira, 26 de maio de 2009

Lena Pessoa fala sobre vitrines, identidade e pirataria

Muito boa a palestra da diretora de arte Lena Pessoa no Minas Trend Preview. Responsável pelo visual das vitrines de marcas como Louis Vuitton, discutiu a moda na identidade do Brasil e da França, cópias e originalidade, entre outros assuntos.

"A moda é fundamental para a construção do mito da França, e todo esse fascínio se deve muito ao preciso trabalho manual dos costureiros."

"A França é o único país onde cópia não vende. Você é punido pela lei. Eles são muito cuidadosos com isso. No Brasil precisamos ter mais cautela a começar pelas marcas terem suas próprias idéias. A gente tem que seguir tendências e não copiar. O mercado internacional quer um produto criativo, que sirva ao público não precisando necessariamente ser extravagante. Só entraremos no mercado se formos genuínos, se nos inspirarmos nas nossas raízes."

"Quando você fala que é brasileiro as pessoas automaticamente sorriem. Aqui é sinônimo de paraíso onde o tempo é maravilhoso, as mulheres são lindas, samba, Carnaval, onde todos são felizes, bem-humorados. Precisamos usar toda essa alegria na moda."

"A mulher francesa é naturalmente elegante. Ela fica pouco tempo cuidando de si, da aparência e mais tempo indo a museus, exposições, programas culturais. Você não vê uma parisiense na manicure ou no cabeleireiro com freqüência. São independentes e não escravas da beleza. É um charme natural que elas têm. O status para elas é cultura, estar bem informada, ter uma boa conversa. E não estar vestida com a marca tal."

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

É hoje!!


Yves Saint Laurent no CCBB Rio.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Moda e Dança

A moda se inspira em temas diversos na criação de suas tendências a cada estação. As inspirações não precisam de justificativa, podem nascer de um livro, um país “exótico” ou histórias fantásticas. São “contos de fadas” que os estilistas desenvolvem para atrair atenção às suas peças. Da mesma forma, a Dança sempre esteve próxima de contos mágicos, sonhos e outros temas incríveis, sempre desculpa para os movimentos dos bailarinos. São muitas as proximidades de temas entre estas duas instâncias que criam a partir da forma do corpo.

Desde 1924, data de reencontro da cena do Ballets Russes e de Coco Chanel para a criação do Train Bleu, a moda não cessou de se interessar pelo universo da dança. Yves Saint Laurent e Roland Petit, Gianni Versace e Maurice Béjart, Cristian Lacroix e L’Opéra de Paris, Jean-Paul Gaultier e Régine Chopinot, são exemplos de parcerias que proporcionam a cada encontro um estilo. Essa estrutura retrata um século de cumplicidade entre os grandes estilistas e coreógrafos da cena internacional.

O dançarino sempre esteve vestido ou ornamentado. Mesmo os nossos an
tepassados se enfeitavam de alguma forma para dançar, seja com penas, sementes ou peles de animais. Nas danças antigas, os dançarinos eram cobertos; na idade média, drapeados; nas danças barrocas, iluminadas, sempre houve uma preocupação com a apresentação do corpo do bailarino e, por terem o corpo como linguagem, moda e dança se apresentam lado a lado.




Comme des Garçons e Cunningham












Gianni Versace e Maurice Béjart

















Jean-Paul Gaultier e Régine Chopinot