terça-feira, 20 de outubro de 2009

A moda extraviada




Depois de passar uma temporada em Nova York, uma das mala da minha mãe foi extraviada. Simplesmente a mala que mais tinha compras depois de um dia no Outlets! Lá se foram presentes para amigos, família, para mim e para ela!!

Puxa... essa é uma situação muito chata, no início você fica mega esperançosa e pensa: "ahhh... vai chegar amanhã". Mas aí o tempo vai passando até que tem o momento crucial do balde de água fria, o sentimento muda para o de raiva e indignação e você quer processar todo mundo. Mas ainda assim a mala não aparece.

Olha, eu sempre fico tensa ao esperar a mala na esteira, todas as malas parecem iguais e há sempre muita gente ao redor. Para pegarem sua mala é rapidinho. Mesmo que seja por engano, já vai ser bem desagradável ficar com uma mala desconhecida no lugar da sua. A cada mala que aparece, minhas expectativas de que a minha não vai aparecer aumentam e vai me dando um nervoso, até que ufa lá está ela. Ou não.

Hoje minha mãe me mostrou uma matéria que saiu no site da Criativa sobre um blogueiro que fotografa moda anônima de mala extraviada. Por simples identificação com essas bagagens perdidas, resolvi publicar aqui. Fiquei surpresa com o fato de que 42 milhões de malas por ano são perdidas e 1,2 milhão não voltam para seus donos - incluindo aí a de minha mãe, pelo menos por enquanto, ainda não se passaram os 60 dias em que a companhia aérea se diz muito ocupada procurando sua mala. Isso só me faz lembrar o funcionário falando "mas foram só 3 malas perdidas nesse voo internacional, isso é muito pouco". Devemos comemorar? Se foi a minha, foi muito!

Enfim, Luna Laboo compra os volumes anônimos não reclamados, fotografa e publica o contéudo de cada mala em seu endereço. Eu já fui lá e não achei a mala da minha mãe, mas mais do que procurar sua mala extravoada, você pode conhecer o incrível fetiche por malas do blogueiro. Além disso, tentar entender o conteúdo de cada mala, pensar quem seria o dono, aonde ele mora e porque se perdeu da mala. Esse ato de olhar a moda de uma mala, me lembra Amelie Polain, o cara que juntava fotos 3x4 rasgadas e as reconstruí-as em um álbum.

Na verdade, estou convicta de que na maioria dos casos a mala não deveria estar em "não reclamados", provavelmente ela já foi reclamada sim, gritada, esperniada, xingada, desesperada e, mesmo assim, separada de seu dono.

Fica a dica: lacre bem sua mala, de preferência passe no saco plástico, aquele lacre que tem em aeroportos, pois só o cadeado não garante nada, tem uma forma de abrir com a caneta e fechar por outro lado (pois é...). Além da sua mala ser perdida, ir parar em outro avião de outro lado do mundo, ela pode ser roubada, aberta, rasgada e sua roupa se espalhar pela pista. Coloque também algo bem chamativo para fácil identificação, de preferência fosforescente, que brilhe, pisque. Que tal paetês? A mala tem que se destacar na esteira. Tenho uma amiga que pintou um "X" amarelo gigante na dela.

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